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domingo, 12 de junho de 2011

NO FIM DÁ CERTO

      Ainda bem que não se fala na malfadada "" Lei de Murphy e outros motivos porque tudo dá errado?...É uma lei segundo o qual , por exemplo,seja qual for a fila em que voce estiver , outra sempre andará masi rapido; todo arame cortado no tamanho indicado é  será sempre curto demais , todo telefonema importante vem no momento exato( ou pior, um minuto depois) em que o interessado se sentou no vaso sanitario...
...   Pois me disponho a enfrenta-los, lançando mão os Fundamento da lei anti-Murphy, cujo os corolarios serão por mim oportunamente enunciados.Por ora me limito a colher inspiraçao em fonte mais que judiciosa , qual seja a que emanava da sabedoria de meu pai , cujos oito baixos sempre respeitei.São os pricipios da Lei de Seu Domingos que não me canso de enaltecer(Como dizia meu pai "" A volta por cima"') e que aqui enumero , resumidos . 
1-As coisas são como são e não como deveriam ser-e muito menos como  gostariamos que elas fossem.
2-O que tem soluçao, solucionado está -não adianta gastar boa vela com mal defunto.
3-Se quiser que alguma coisa mude , e não puder fazer nada ,espere ,que ela mudará por si só.
4-Toda mudança é para melhor,se mudou é porque não deu certo.
5-Mais vale passar por um apertinho agora que por um apertão o resto da vida .
6-Antes de entrar veja por onde vai sair.
7-Faça somente o que gosta. Para isso passe a gostar do que faz.
8-Trate os outros como gostaria de ser tratado.
9-Não se deve aumentar a aflição dos aflitos.
10-A unica maneira de resolver um problema nosso e´resolver primeiro o dos outros.
Os dois ultimos principais decorrem daquela sábia observaçao de Carlos Drummond ,no filmeque fiz sobre ele, e que até parece  inspirado por meu pai : NÃO EXIGIR DAS PESSOAS MAIS DO QUE ELAS PODEM DAR. Eu acrescentaria o que resolvi assumir a partir de hoje: Todo mundo tem seu lado bom , ainda que pequeninho;descobrir o de cada um com quem temos de conciver e não sair dali.
Seu Domingos jamais se deixaria levar por esse Murphyymo nefando que tanto se impos em nossos dias .Sem saber a formula capaz de extermina-lo, quand dizia de maneira onderada e categorica, ensinado-me a ter paciencia:
__ Meu filho, TUDO NESTE MUNDO NO FINAL SEMPRE DÁ CERTO.Se não deu certo e´porque ainda não chegou o fim..
                                                                                                       Fernando Sabino( extarido do meu caderno de memorias do colegial)

CONOSCO NINGUEM PODEMOS

Isso quanto a prosodia.Quanto a sintaxe, a coisa é mais grave.Quando o critico mostrou o originald eum artigo que escrevera sobre o poeta, logo à primeira frase vários prostetaram: havia ali um erro de concordancia
--Erro de concordancia? estranhou o autordio artigo, e experimentouem voz alta a frasecontestando" Não se trata de um dos que abandonaram a poesia..."
--Abandonarão!! os outros corrigiram
O critico se melindrou:
--Queu abandonaram coisa nenhuma !Sou lá algum idiota?
--Idiotismo sintatico-diagnosticou um.
--Solecismo, e dos bons- emendou outro.
Irritado,o critico afirmou que a frase comportava uma elipse:
--Não é um --que abandonará a poesia--entre o que abandonarão.
--Isso não é uma elipse, é um eclipse.Do pensamento.
--Um anacoluto?Arriscou alguem.
Dividiram-se as opinioes, ninguem se entendia.Em vão o critico tentava mostrar o resto do artigo ao poeta ., presente a roda.O do anacoluto era teimoso , queria discutir. O critico o fez calar-se.
[...]O poeta até ali silencios por natural modestia propos abandonar a poesia, para resolver o impasse .Alguem mais sugeriu que se acrescentasse  o nome do outro poeta,levando assim o verbo no plural. O autor do artigo irredutivel:
--Um dos que abandonará--berrava.
Antes que partisse para os sopapos , marchava disposto a tudo para uma livraria ,onde finalmente esclaresceram a duvida . Um livro sobre questões de linguagem afirmava:"'A expressão um dos que leva indiferentemente o verbo ao singular ou ao plural"'.
--Estão vendo ? saltou o critico , triunfante.Eu estava certo.
--Eu tambem estav -tornou um dos paladinos do plural.Olha o que diz aqui: Indiferentemente.
--Eu naõ dizia?Um anacoluto, minha gente .Um dos que defendiam -ou defendia- a concordancia no singular encerrou a questão , vitorioso , voltando-se para o critico :
--É isso mesmo !! Conosco ninguém podemos!!

                                                                                             Fernando Sabino( diretamente do caderno de memórias do segundo colegial)